segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Brasileirão: a 38ª e trágica página

Campeonato de pontos corridos pode não ter sempre A final, mas compensa tendo várias pequenas. E até uma Supercopa do Brasil...


No duelo entre o melhor time do país nos pontos corridos e o melhor no mata-mata, muita festa no Maracanã com a exibição das taças e a troca de faixas entre 2 dos times que mais alegraram suas torcidas em 2013. Deu empate. 1 para o Flamengo e 1 para o Cruzeiro.

O outro campeão de um título relevante no ano também empatou. 2 para o Atlético-MG, que agora foca no Mundial, 2 para o Vitória, que viu as chances de Libertadores irem pelo ralo. Os 2 gols do Galo vieram de Ronaldinho Gaúcho, que retornou após um longo tempo lesionado.

Mais um que se viu fora da Libertadores foi o Goiás. O time dependia apenas de suas forças, mas Walter deitou e rolou para fora da competição sulamericana. Sem buscar nada, o Santos terminou com 3x0 e venceu a Taça Sétimo Lugar, sendo o melhor paulista no Brasileirão.

Dentre os grandes, o pior desempenho dos paulistas ficou com o Corinthians. Nem a despedida de Tite motivou os atletas a buscarem a vitória contra o lanterna Náutico. Pior: veio a derrota. E o time acaba o campeonato sem ter marcado no saco de pancadas, que não teve a pior campanha do atual modelo de Brasileirão justamente por esse resultado final.

Os gaúchos protagonizaram os jogos mais entediantes da rodada. O Grêmio garantiu o vice com o 0 a 0 contra a Portuguesa. E o Inter escapou das chances pífias de rebaixamento ao também empatar sem gols com a Ponte Preta. Quem também se livrou da zona foi o Coritiba, que bateu o São Paulo por 1 a 0.

OS CARIOCAS

O futebol do Rio de Janeiro foi o protagonista dos maiores momentos de emoção em ambas as pontas da tabela.


Seedorf chorou. Chorou de emoção por ter a chance de estar na pré-Libertadores caso a Ponte Preta não vença a Copa Sulamericana. Chance que veio após a vitória por 3 a 0 sobre o Criciúma, que escapou do rebaixamento mesmo assim.


Fred chorou. O atacante que conseguiu o tetra da Copa das Confederações com a Seleção agora viu outro tetra. O 4º rebaixamento do Fluminense. Enfim, o clube das Laranjeiras vai pagar o boleto da série B. É a primeira vez que o campeão nacional do ano anterior cai.


O Brasil chorou. Vasco e Atlético-PR lutavam, respectivamente, pela fuga do Z4 e pela vaga garantida na Libertadores. Só os paranaenses conseguiram o objetivo. E com muito choro. Mas não pela dificuldade, já que o placar foi de 5x1.

Aos 16 minutos do 1º tempo, ele era de 1x0. Mas uma confusão nas arquibancadas manchou não só a partida, como a rodada e até o campeonato inteiro. Cenas de selvageria de todos os lados. Uma guerra insana para ver quem machucava mais simplesmente quem tinha a camisa do time adversário. Mais uma exposição do problema que são as torcidas organizadas. Mais 4 famílias sofrendo.

O jogo era transmitido ao vivo pela Globo, pela Band e pelo SporTV para maior parte do país. Ambas mudaram o foco dos gramados para as arquibancadas antes mesmo do juiz paralisar a partida. A partir daí, todas tiveram que se esforçar para dimensionarem a confusão, mas evitando imagens chocantes que se multiplicavam aos montes. Golpes de barras de ferro, cabeças sendo pisoteadas... O tipo de cena que não combina com nada, mas muito menos com o espírito esportivo.

A Globo preferiu cortar para Fluminense x Bahia e simplesmente fazer interrupções pontuais enquanto os fatos se desenrolavam. Diferente de Band e SporTV, que seguiram direto com imagens de Joinville e mostraram discussões entre dirigentes e a chegada da Polícia Militar ao estádio (durante a briga, a segurança era feita somente por uma empresa privada).

Após mais de 1 hora e 10 minutos de paralisação, o jogo foi finalmente retomado. Naquela altura, o planeta já conhecia as cenas lamentáveis que causavam "alarma mundial", como estampou o Marca.


Após a retomada, o placar que empurrou o Vasco para segunda divisão pela segunda vez em 5 anos. O time carioca terminou como segundo dentre os 4 piores após a goleada atleticana. Mas todos saíram perdendo de Joinville. 

O caos rendeu até um editorial improvisado de Fausto Silva, que entrou no ar para rede com um grande atraso, já que apenas PR e SP não acompanhavam a partida em que aconteceu a baderna. No Fantástico, em dia de aposentadoria do matemático Oswald de Souza, o destaque ficou com até os tradicionais cavalinhos terminando a corrida do Brasileirão 2013 tristes. Tristeza que também fica evidente nas capas de diversos jornais. Dentre eles, mais um destaque ao espanhol Marca. 


Apesar de haverem menos detidos do que feridos, autoridades emitiram notas. Dentre elas, o ministro Aldo Rebelo, a CBF e o Bom Senso FC

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