quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tricampeão

1990, 2006 e 2013. Uma nova página na emblemática relação entre o Flamengo e a Copa do Brasil foi escrita no Maracanã nesse 27/11. O time que mais venceu e que mais marcou na competição agora é também tricampeão dela. Os rivais derrotados nas grandes finais foram, respectivamente, Goiás, Vasco e Atlético-PR.


No caso do embate com o rubro-negro paranaense, a construção da conquista começou há 1 semana. Em um jogo chato, com cara de final, em que ninguém queria perder (não que eu já tenha visto muitos times querendo perder...), deu 1 a 1. Mas o gol fora de casa já garantia a vantagem flamenguista. Só que parecia exatamente ao contrário. Nós buscamos o gol demais do que o CAP. Em dado momento, o número de finalizações do lado carioca era praticamente o triplo. E isso quando o placar ainda estava em 0x0. Prova de que o resultado final foi mais do que merecido... De fato, os gols vieram para quem mais os buscou. E também para quem mais torceu por eles.

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O empate sem tentos já tornava o Flamengo campeão. Só que misturar os gritos de GOOOOOOOOOOOOOL e É CAMPEÃOOOOOOOOOOOOOO é bem mais divertido, apesar da garganta querer provar ao contrário. Ainda mais quando o grito de gol é em dose dupla. E quando o segundo sai quase que simultaneamente ao apito final, mais tenso ainda. E quanto mais tenso, melhor para um bom flamenguista. Afinal, o alívio só veio depois de muita, mas MUITA tensão. Gol de voleio defendido, bola raspando na borda entre o travessão e a trave...


E pensar que todo esse ciclo começou justamente contra o Atlético-PR. Após a derrota para o time que rendeu o pedido de demissão de Mano Menezes, veio o "choque de realidade" e a união do grupo sob o comando de Jayme de Almeida, que conquista um título nacional somente 2 meses após ser efetivado como treinador de um clube pela primeira vez. Esse sucesso improvável de Jayme é a cara do time, unido não há muito tempo (peças como o capitão Léo Moura, remanescente do título de 2006, e os goleiros Felipe e Paulo Victor estão dentre as poucas "tradicionais" na Gávea) e que reúne inversões que muitos considerariam bizarras antes dessa temporada, como o brocador Hernane sendo titular absoluto e empurrando Marcelo Moreno para o banco. Hoje, bizarrice seria pensar ao contrário. Com o gol do título, Hernane chegou aos 34 na temporada. E 8 na Copa do Brasil. Artilheiro absoluto na competição, assim como em todas que disputou em 2013 e já foram encerradas.

Antes de Hernane cumprir a tradição e estufar as redes do novo Maracanã, quem abriu o placar foi Elias. O atleta foi recompensado logo depois com os gritos de "Fica!". E é provável que siga mesmo vestindo o manto. Assim como que surjam reforços no caminho rubro-negro. Afinal, disputa de Libertadores não é brincadeira.


E já dá para imaginar como o estádio da final da Copa do Mundo ficará durante o torneio continental... Com o primeiro mosaico desde a reinauguração, a também primeira final entre clubes e consequente decisão de título na nova arena viu um público recorde para eventos off-Fifa: quase 70 mil pessoas, sendo a maior parte delas pagante (de caros ingressos, que renderam uma renda próxima aos 10 milhões de reais, algo nunca antes ocorrido com o Fla).

Dentre tantas premiações, destaque também para de Luiz Antônio, que foi eleito o melhor jogador da final. Prova que mais do que talentos soltos, a equipe deu certo, o que é motivo para ainda mais comemorações da massa que não para de cantar, soltar fogos, buzinar e zoar com os secadores desde ontem... E com toda a razão. Uma vez Flamengo, três vezes Flamengo, sempre Flamengo.

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