segunda-feira, 1 de julho de 2013

O saldo final da Copa das Confederações


Depois de um balanço da primeira rodada da competição que serve como teste para o Mundial 2014, o blog volta a abordar a Copa das Confederações, mas dessa vez com um balanço de tudo que rolou no evento.

Segundo a Fifa, nossa nota foi 7, abaixo do 8 conquistado pelos sul-africanos. Não foi a maravilha das propagandas oficiais, porém muito menos o caos previsto pelos apocalípticos. Em algumas cidades, os maiores problemas de deslocamento foram derivados das manifestações, algo que não poderia ser previsto há meses.

Na TV, a Globo também mudou o plano de sua cobertura por causa da onda de protestos. William Bonner deveria acompanhar a Seleção Brasileira para o Jornal Nacional, porém a função acabou ficando com Galvão Bueno em boa parte do tempo. A exibição de Espanha x Taiti na primeira fase também foi cancelada para que boletins sobre o maior dia de revolta popular da história recente fossem ao ar. A mobilização das ruas também acabou por esvaziar as notícias sobre o evento nos telejornais da casa, restringindo a cobertura ao Globo Esporte, que passou a ser em alta definição e foi excepcionalmente comandado para rede por Cristiane Dias e Tiago Leifert, no mesmo estúdio em que era realizada a Central da Copa, em que Leifert dividia o comando com Alex Escobar e Caio Ribeiro.

Aliás, interessante constar que a Central manteve o frescor que a tornou sensação em 2010. As novidades tecnológicas, como a mesa dos "guerreirinhos" de Caio, não ofuscaram o debate leve sobre os principais assuntos da competição. Ao longo da Central, nomes como Fátima Bernardes e Luciano Huck marcaram presença como convidados especiais.

Nas transmissões em si, a Globo deu show. Uma abertura extremamente bem feita se destacava nas transmissões de partidas da Seleção Brasileira. Porém, a área técnica também teve um deslize. Nos 3 primeiros jogos, o tempo foi exibido de maneira européia, ou seja, com o jogo tendo 90 minutos no placar. A partir de então, ele passou a ser mostrado da forma brasileira, com a divisão entre os tempos, como a Band fazia desde o começo. Entretanto, a Band seguiu até fim com seus caracteres em Inglês enquanto a Globo os tinha em nosso idioma assim que a competição foi iniciada.

Galvão Bueno e Luciano do Valle inquestionavelmente foram bem nos momentos mais emocionantes. Ainda na narração, a Globo utilizou apenas Cléber Machado para os demais jogos, ficando Luis Roberto encarregado apenas das transmissões da Fórmula 1. O principal locutor dos times cariocas até foi escalado para Espanha x Taiti, porém os boletins do JN derrubaram a transmissão do jogo. Nos comentários, Casagrande e Júnior mantiveram as posturas críticas habituais, porém chamou atenção a apatia de Ronaldo, que se limitou a dizer o óbvio durante todo o tempo.

No canal do Morumbi, Téo José e Nivaldo Prieto comandaram outros jogos, sendo que certamente ficará marcada a narração de Nivaldo do histórico gol taitiano contra a Nigéria no Mineirão. Aliás, a exibição exclusiva de diversos jogos e as edições do Band Mania antes e após as partidas elevaram a média do canal consideravelmente. O notável bom empenho para o sucesso da cobertura, apesar das dificuldades com credenciais, é digno de aplausos. Assim como a beleza de Ticiana Villas Boas e Renata Fan, que foram aos estádios em que o Brasil jogou em algumas ocasiões. Mesmo dos estúdios, Paloma Tocci também deixou muita gente babando na frente da telinha.


Mas a musa da Copa das Confederações veio da Globo. Se Fátima Bernardes foi musa em 2002, dessa vez Fernanda Gentil se revelou musa durante o Encontro com a própria Fátima. O fato ocorreu quando a apresentadora dedurou que a repórter havia cantado trechos de Evidências junto com Chitãozinho e Xororó enquanto a dupla se apresentava no programa. Sem pestanejar, a musa do penta solicitou que Fernanda cantasse também ao vivo. O delay do link atrapalhou, porém a cantoria repercutiu horas depois no Globo Esporte e até na coletiva da Seleção, com Fernanda sendo elogiada pelo atacante Fred.

Ao jornal Extra, Fernanda disse que considera o título de musa "um carinho". No dia depois da vitória, ela também repercutiu o posto no próprio Encontro, mas dessa vez no palco e foi "convidada" por Leifert para participar do The Voice Brasil. O episódio ajudou a competente Fernanda a superar de vez a gafe cometida na África do Sul, quando estendeu a mão para cumprimentar um deficiente visual. Vale lembrar que a função básica de Gentil durante a Copa foi fazer entradas diárias no Globo Esporte diretamente das coletivas de imprensa da Seleção Brasileira.

Em campo, a beleza dos atletas não passa nem perto de ser comparada com a da Fernanda, mas os craques brasileiros também deram show com a vitória maiúscula sobre a Espanha no Maracanã. O 3 a 0 folgado foi a confirmação do potencial dessa geração e deixou o tetra das Confederações com cheirinho de hexa em 2014. Já a Espanha não pode justificar sua derrota apenas como um mau dia, já que o time havia levado sufoco da Nigéria, vencido o Uruguai por apenas 1 gol de diferença e conquistado a vaga na final apenas nas penalidades máximas. Aliás, destaca-se o empenho dos italianos para conquista do terceiro lugar. No auge do sol soteropolitano e enfrentando uma prorrogação após ter sofrido o mesmo desgaste há poucos dias, os europeus não se abateram a venceram os uruguaios, que não mostraram um grande futebol, porém saíram com mais moral para os jogos das eliminatórias. No caso dos times que caíram nas semis, a importância dos veteranos Pirlo e Forlán mostrou-se máxima para eles.


Mas como os campeões é que interessam, falemos novamente sobre o espetáculo brasileiro no estádio mais místico do país e que ficou ainda mais com o espetáculo já tradicional da cantoria completa do Hino Nacional. Verde e amarelo de ponta a ponta, o Maraca jogou com a Seleção tal como havia sido no Castelão e no Mineirão. O peso da torcida pentacampeã não pode ser medido por nenhum ranking da Fifa.

Se a pressão das dezenas de milhares vaiando a Espanha era empolgante, a do time foi mais ainda. Felipão seguiu com sua estratégia de abater o adversário logo de cara. Deu mais certo do que ele poderia pensar. Antes dos 2 minutos, Fred abria o placar com um golaço. Golaço sim, afinal, foi gol do Brasil numa final no Brasil. Foi o suficiente para constatação óbvia surgir: "O campeão voltou!". Enquanto nossos jogadores seguiam fazendo as suas melhores atuações em tempos, outro grito surgia, esse certamente mais compreendido pela Roja: "Olé!".

E quem disse que o placar inicial favorável nos freou? Durante todo o tempo, o segundo gol do Brasil sempre esteve mais próximo que o empate espanhol. Os comandados de Del Bosque pareciam perdidos. Quando a Fúria esboçou uma reação, David Luiz salvou o Brasil e praticamente levou o Maracanã abaixo.

No momento em que todos pareciam apenas esperar pelo término da primeira etapa, surgiu o craque do jogo, da Copa das Confederações e do segundo gol: Chute espetacular de Neymar sem chance de defesa para o namorado de Sara Carbonero. Pouco depois, em um lance também com o marido de uma musa, o affair de Bruna Marquezine, viu Piqué ser expulso de campo para se reencontrar com Shakira mais cedo.


Para qualquer tensão ser definitivamente dissipada, Fred novamente fez o terceiro e permitiu o coro de "É campeão!" por todo o segundo tempo. E fomos campeões mesmo. Voltamos. Que venha 2014! O palco para o próximo espetáculo já está pronto.

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