sábado, 25 de maio de 2013

Bayern x Borussia, uma final digna de Liga dos Campeões

Após a derrota na final para o Brasil em 2002 e campanhas que perderam o fôlego na reta final dos Mundiais em 2006 e 2010, a geração do futebol alemão parecia predestinada a ficar no "quase". Até alguns meses, pouco se ouvia falar do que rolava dentro dos campos germânicos. Até os atletas brasileiros que atuam no país eram pouco conhecidos por aqui, como Dante e Luiz Gustavo, convocados por Felipão para Copa das Confederações. Porém, os alemães trabalhavam enquanto os espanhóis encantavam o mundo, afinal, todo império acaba um dia. E o império espanhol pode ter terminado antes do previsto. Não que os atuais campeões do mundo entre os países devam ser desconsiderados da briga. Aliás, longe disso. Mas num esporte onde o momento é essencial, ele parece estar agora ao lado dos alemães.


A maior representação do início dessa possível nova fase do futebol mundial foi a surpreendente final da Liga dos Campeões entre duas equipes oriundas da Alemanha, "coincidentemente" as mais bem colocadas no mais recente campeonato nacional. Bayern de Munique e Borussia Dortmund bateram, respectivamente, os populares Barcelona e Real Madri. Wembley viu um raro duelo entre dois times da mesma nação numa final. E gostou do que viu. Os 90 mil que lotaram o tradicional estádio londrino presenciaram um duelo digno da grandiosidade da mais importante liga de clubes do planeta.

O surpreendente domínio inicial do Borussia logo cedeu ao estilo arrasador do Bayern, resultando num equilíbrio que permaneceu dos minutos de encerramento do primeiro tempo até o apito final. No final, valeu a precisão dos vermelhos, que tiveram menos chances, porém as aproveitaram melhor (o único gol do Borussia veio apenas através de um pênalti).

A final também serviu como redenção para Robben, que havia perdido o pênalti decisivo na final da Champions League passada, que entregou o título ao Chelsea justamente quando o Bayern, melhor time do que os Blues durante toda a temporada, disputava a decisão em casa. Após algumas chances perdidas, o script do holandês de falhar em decisões caminhava para se repetir, porém foi devidamente interrompido pelo destino, que tratou de gerar o gol decisivo dos pés do jogador.

Pepe Guardiola e o time campeão da Libertadores que se preparem. Para o treinador, a pressão para manter o sucesso de uma possível tríplice coroa. Para a equipe sulamericana, a tensão em confrontar com os germânicos no Mundial de Clubes. Quem sabe não vem outra aula de futebol nos Marrocos?

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